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Uva  
Ovinos e uvas em produção integrada
Animais selecionados devem ter o hábito de pastagem rasteira para evitar que videiras sejam danificadas e produtores conciliem as atividades agropecuárias
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Breno Fonseca
22/12/2010

Na região do extremo oeste de Santa Catarina, uma alternativa para as pequenas propriedades rurais vem sendo desenvolvida pela Epagri de Guarujá do Sul. Como o cultivo da uva na região costuma passar por períodos secos, a solução para o aproveitamento da área é a implantação de pastagens nativas para que ovelhas sejam criadas em consórcio com a viticultura. Desta forma, a integração lavoura-pecuária fica garantida, o produtor aumenta a renda familiar e o manejo do solo embaixo dos parreirais é realizado pelos próprios animais.

Para o engenheiro agrônomo da Epagri Jonas Marcelo Ramon, certos cuidados são fundamentais para que ambas as atividades obtenham resultados. Em primeiro lugar, é necessária uma dosagem de adubos que corresponda às exigências nutricionais das forrageiras e das videiras. Afinal, as plantações de uva exigem a reposição dos elementos. Para isso, o agropecuarista deve fazer a análise do solo para equilibrar os nutrientes em falta e recuperar os níveis de fertilidade. Além do mais, os próprios materiais orgânicos presentes nas fezes dos ovinos favorecem a adubação.  

— Outros cuidados na produção da uva é com relação ao uso da calda bordalesa e do verderame, fungicidas com bastante quantidade de cobre, que, para as ovelhas, é um elemento tóxico. É preciso atenção na aplicação pois há um escorrimento do excesso de cobre que vai parar na pastagem, o que causa problemas de intoxicação nos animais — destaca Jonas, completando que as pastagens devem ser divididas em piquetes, proporcionando o rodízio pastoril das ovelhas durante o dia.  

Um dos fatores mais importantes para a seleção dos animais é o fato de que os ovinos lanados tem o costume de pastar de cabeça baixa, enquanto espécies deslanadas, como a Santa Inês, tem hábitos arbustivos, o que prejudica as parreiras, mesmo se cultivadas em sistema latada, pois ovelhas e carneiros podem até mesmo comer os frutos. Já as uvas usadas na região são escolhidas de acordo com os índices de umidade, temperatura, altitude e ocorrência de doenças fúngicas. Entre as variedades estão a Isabel, Niágara, Francesa e Bordô, enquanto viníferas européias, como Cabernet e Merlot, não são adaptadas às condições climáticas do extremo oeste catarinense.  

Segundo Jonas Ramon, além do bem estar animal proporcionado pela sombra das videiras sobre os animais, as vantagens do consórcio é o acréscimo de mais uma atividade para o pequeno produtor. Em Guarujá do Sul, a média é de 11,7 hectares por propriedade. Desta forma, a ovinocultura chega para aproveitar as áreas de um ou dois hectares de plantação de parreiras.

Para maiores informações, basta entrar em contato com a Epagri pelo telefone (49) 3642-0217 ou pelo e-mail emguarujadosul@epagri.sc.gov.br.

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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cristiele gomes
22/12/2010 - 14:14
gostei muito desta materia, por ser uma coisa diferente gostei muito por ser focado esse tipo de materia para que os produtores rurail de pequeno porte, possa ter varias opþÒo de integraþÒo.

Alex Mengel
22/12/2010 - 14:41
Muito interessante o manejo, porÚm, nÒo sÒo os coliformes fecais que faforecem a adubaþÒo orgÔnica, como diz a matÚria. E sim a pr¾pria matÚria orgÔnica das fezes. Coliformes fecais sÒo bactÚrias que estÒo presentes em grandes quantidades no intestino dos animais de sangue quente.
Mais cuidado...

Breno Fonseca
22/12/2010 - 15:00
Olß Alex. InformaþÒo corrigida. Obrigado pelo seu comentßrio.

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3 comentários

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